Investimentos & Negócios

Gomes expansão de 3,5 mil metros quadrados na fábrica da Arcólor.

Posição garantida

Gomes expansão de 3,5 mil metros quadrados na fábrica da Arcólor.
Gomes expansão de 3,5 mil metros quadrados na fábrica da Arcólor.

Número um na fabricação de pasta americana na América Latina e fonte-chave na cena doméstica de misturas para panificação e confeitaria, a Arcólor contraria o cenário econômico desfavorável a expansões e acaba de agregar mais 3,5 mil metros quadrados à sua planta fabril. Em paralelo, a unidade incorpora equipamentos que, até o fim do ano, ampliarão a capacidade das linhas de pasta americana e pós, como açúcar impalpável e chocolate em pó. Além disso, também estão programados aprimoramentos técnicos nos sistemas de embalagem, complementa Alexandre Gomes, presidente da companhia.
Com soluções completas para atender qualquer necessidade em panificação e confeitaria, acrescenta ele, a marca oferece tanto produtos para o mercado profissional como para o segmento doméstico artesanal. “Disponibilizamos a maior linha de pasta americana do mundo, com oito sabores e 15 cores”, assinala Gomes, esclarecendo que o insumo é um dos destaques de sua família de pastas de açúcar, complementada por itens como a linha Rendaflex, para confecção de rendas de açúcar; massa para flores, massa elástica e massa para pastilhagem. O incentivo ao empreendedorismo é uma das iniciativas reforçadas este ano pela empresa. “São mais de 300 cursos por mês em todo o país, com mais de 50 profissionais atuando nos treinamentos. Em momentos de crise, a qualificação é um diferencial competitivo”, exorta Gomes.

 

Crescimento nas alturas

Veloso avanço de 13% nas vendas de Mentos com reforço em promoções.
Veloso avanço de 13% nas vendas de Mentos com reforço em promoções.

Desafiando a maré de estabilidade geral no setor de candies, a Perfetti Van Melle (PVM) exibe resultados bem acima do mercado no país, graças a investimentos em alternância de sabores, embalagens e marketing. Detentora de marcas campeãs como Mentos, Fruittella e Chupa Chups, a companhia registrou de janeiro a agosto uma elevação nas vendas da ordem de 13% em comparação ao mesmo período do ano passado, repassa Henrique Veloso, presidente da PVM. Considerada apenas a linha de balas Mentos, carro-chefe da empresa, a expansão bateu em 11,1% entre julho de 2014 e junho de 2015, enquanto a categoria de drops, pastilhas e caramelos (DPC), auditada pela Nielsen em todo o país, acusou avanço de 9,6% no período, cravam os monitores da consultoria.
Veloso informa que, apenas no primeiro semestre, a Perfetti lançou cinco versões de Mentos, a exemplo das variantes caramelo, maçã verde, cranberry e blueberry. Também introduziu embalagens no formato de latas e sachês. Conforme o executivo, os lançamentos dos últimos 18 meses são responsáveis por cerca de 25% do faturamento total. Em 2015, os valores destinados a ações de marketing em plataformas diversas foram de 15% a 25% maiores do que os aplicados no ano passado, situa Veloso. Em setembro, a empresa lançou uma promoção com o ator e comediante Fábio Porchat, que levará um consumidor e três amigos para uma viagem ao exterior em um jatinho particular. A PVM, aliás, tem recrutado famosos para construir o engajamento com consumidores nas redes sociais. Ações desse tipo atingiram um público de 3,5 milhões de pessoas nos últimos 18 meses, contabiliza Veloso.

 

Avanço na Europa

Menu ampliado marcas da ADM passam para o portfólio da Cargill.
Menu ampliado marcas da ADM passam para o portfólio da Cargill.

A corporação Cargill recebeu sinal verde da Comissão Europeia (CE) para concluir o processo de aquisição da divisão de chocolates da ADM (Archer Daniels Midland). Foi esse o último obstáculo regulatório para o negócio ser concluído. As empresas fecharam em setembro do ano passado o acordo pelo qual a Cargill aceitou pagar US$ 440 milhões pela operação de chocolate da ADM. Mas a CE exigiu que a Cargill vendesse a unidade de chocolate de Mannheim, na Alemanha, para eliminar eventuais problemas de concorrência. Em comunicado, a Cargill anunciou que a unidade será mantida como uma entidade separada, em sua própria gestão interina, até que seja vendida.
Com o acordo concluído, a Cargill assume o controle de três unidades de produção de chocolate, compostos e de bebidas na América do Norte e três unidades de produção de chocolate e compostos na Europa. Dessa forma as marcas Ambrosia, Merckens e Schokinag se juntam ao portólio da Cargill.
A ADM vinha sinalizando planos de sair do mercado de cacau e chocolate para se concentrar em outros negócios de menor volatilidade. Assim, em dezembro de 2014, em transação separada, ela se desfez de sua divisão de cacau, repassando-a à Olam International. A transação foi orçada em US$ 3 bilhões.

 

Sem cheiro de crise

Ferrer inauguração da segunda fábrica em menos de dois anos.
Ferrer inauguração da segunda fábrica em menos de dois anos.

Mais uma aposta contra a estagnação geral parte da francesa Mane, fonte de aromas e fragrâncias, que anuncia investimento de US$ 55 milhões na instalação de uma segunda unidade no Brasil. Desde 1953, a empresa mantém fábrica em Jacarepaguá (RJ) e, em agosto passado, inaugurou um centro criativo de pesquisa e análise em São Paulo. Segundo Edson Cortes Ferrer, diretor da Mane do Brasil, depois de estudar o projeto por dois anos, a companhia adquiriu um terreno em Jundiaí (SP) e pretende iniciar as obras em 2016. “A escolha da localização recaiu sobre São Paulo porque 70% dos nossos clientes estão nesse estado, mas a fábrica do Rio de Janeiro continuará em operação”, antecipa o executivo. Ele prevê a definição do projeto de construção da unidade paulista em um período de quatro a seis meses. O plano é inaugurar a nova planta, dedicada também a aromas e fragrâncias, em menos de dois anos.
O Brasil, posiciona Ferrer, é o segundo mercado mais importante da Mane na América Latina, depois do México. “Mas isso não corresponde ao tamanho e à oportunidade de crescimento que o país representa”, argumenta o diretor. Ele estima a participação da empresa no mercado brasileiro em 2,5% e aposta na duplicação dessa fatia em cinco anos. Para ele, a crise no Brasil é uma das piores das últimas décadas, mas não um obstáculo para os planos do grupo, que também incluem investimentos na Argentina.
Segundo dados da Euromonitor International, o mercado brasileiro de fragrâncias deve crescer 19,4% ao ano, em volume, entre 2014 e 2019, atingindo 29,6 mil toneladas ao fim do período. Já aromas para alimentos e bebidas tendem a avançar 12,9% anualmente, totalizando 60,4 mil toneladas no final de 2019, repassa a consultoria.

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