Em busca de formas para minimizar o impacto no meio ambiente e tornar sua operação cada vez mais sustentável, a PepsiCo anuncia parcerias com instituições do segundo e terceiro setores, que irão ajudar na preservação de recursos hídricos e também na mitigação do uso de água nos processos de produção. Para isso, a companhia contou, por exemplo, com apoio da TetraPak no esforço para encontrar a solução tecnológica que permitirá redução expressiva do uso de água. Como resultado da parceria, a PepsiCo será a primeira no mundo a utilizar a tecnologia WFS (Water Filtration Station), informa Marjorie Galvani, gerente de meio ambiente, saúde e segurança da PepsiCo Brasil. Trata-se de uma estação de tratamento, que economiza até 95% da água utilizada no processo de envase, quando comparada a uma linha convencional, confronta a executiva.
O equipamento foi implantado recentemente na planta da PepsiCo em Petrolina (PE), onde é fabricada a água de coco da marca Kero Coco. Ele exibe capacidade de poupar até 3 milhões de litros de água por ano, volume equivalente a 331 caminhões pipa ou o consumo de uma família com quatro pessoas por 31 anos, compara Marjorie. O segredo da nova tecnologia, revela ela, está na redução de lubrificantes, resíduos de papel, peróxido e outros contaminantes na água utilizada no envase, fazendo com que ela circule de volta ao sistema limpa, na temperatura e pH ideais de retorno.
“Estamos orgulhosos de sermos a primeira empresa do planeta a usar essa tecnologia e acreditamos que isso vai beneficiar o ecossistema de maneira significativa”, grifa Miguel Perez, gerente de operações da PepsiCo. Outra iniciativa de peso em favor das questões ambientais, acrescenta ele, é a parceria firmada com a organização ambiental The Nature Conservancy (TNC), em apoio à proteção de mananciais. Como a mais nova integrante do programa Coalizão Cidades pela Água, a empresa vai apoiar, em conjunto com diversas outras companhias, soluções baseadas em infraestrutura verde para esse desafio. A Coalizão é uma iniciativa que visa contribuir com a segurança hídrica de mais de 60 milhões de brasileiros, em 12 regiões metropolitanas, explica Perez.
Ela reúne empresas líderes de cada setor em um trabalho integrado pela segurança hídrica de toda a sociedade, informa. “A participação da PepsiCo e de outras grandes companhias é fundamental para a construção de um novo modelo de uso da água, em que o setor privado contribui com a conservação da natureza como parte integral da solução”, frisa o executivo. Essas empresas, completa, perceberam que é preciso agir para além dos muros das fábricas e, ao ampliar a disponibilidade de água não só para sua própria operação, mas também para fornecedores e consumidores, elas estão dando o passo seguinte em seu compromisso socioambiental.
Com o apoio da PepsiCo e dos demais parceiros da Coalizão, a TNC poderá expandir ações cujos bons resultados já são comprovados, como a recuperação de florestas que preservam os rios que abastecem os sistemas Cantareira e Alto Tietê, em São Paulo, e Guandu, no Rio de Janeiro, sublinha Perez. “A Coalizão também poderá levar iniciativas similares para novas capitais em diversas regiões do país”, conclui.
Muitos dos projetos da PepsiCo em prol da preservação da água também integram o programa global de sustentabilidade da companhia chamado de ReCon (Resource Conservation), salienta Marjorie. Com uma década de existência, situa ela, a iniciativa surgiu com o objetivo de conscientizar e implantar ações voltadas para o uso racional de água e energia no processo produtivo da PepsiCo ao redor do mundo. “Desde sua chegada ao Brasil, que aconteceu em diversas plantas entre 2006 e 2015, foi possível diminuir o consumo de água de 6,9 litros/quilo para 5,96 litros/quilo nas fábricas de salgadinhos, ou seja, 17,5%, por meio de programas de conscientização com os funcionários da empresa”, enfatiza a gerente. Globalmente, em 2014, a companhia conseguiu poupar um bilhão de litros de água no mundo, o que ocasionou uma redução de custos de US$ 17 milhões.
“Essas iniciativas fazem parte da estratégia global de sustentabilidade ambiental da companhia, que está diretamente relacionada à sua visão de negócios de Performance com Propósito e visa, entre uma série de outros pilares, a preservação do recurso hídrico e a conservação de fontes globais de água, especialmente em áreas de escassez”, acrescenta Marjorie.
Um milhão de cisternas
Graças à visão de negócios Performance com Propósito, a PepsiCo considera a sustentabilidade ambiental um dos principais pilares da companhia. Ao longo dos anos, ela vem realizando uma série de projetos visando a gestão responsável de recursos ambientais. Prova disso foi a inclusão da empresa no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones por seis vezes, lembra a gerente de meio ambiente. O índice, completa ela, avalia anualmente o desempenho ambiental, social e econômico, sendo o ranking mais influente nas decisões de gestores de fundos.
Um dos projetos de grande impacto relacionados à gestão de recursos hídricos vingou em 2012, quando a PepsiCo se tornou a primeira empresa a apoiar e a financiar uma iniciativa que levou água potável para cinco milhões de pessoas em 11 estados do semiárido nordestino, por meio do programa Um Milhão de Cisternas. Em apenas dois anos, relata Marjorie, foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões na ação, que é coordenada pela organização ASA (Articulação do Semiárido). O programa financiou a construção e a entrega de cisternas produtivas, que são reservatórios usados para captação de água destinada à agricultura familiar, além de cisternas destinadas a escolas públicas.
Outro marco no histórico de sustentabilidade da PepsiCo é seu apoio ao prêmio EcoChallenge, iniciativa do YABT (Young Americas Business Trust) que reconhece ideias inovadoras voltadas para a sustentabilidade. O apoio e patrocínio ao EcoChallenge pela empresa tem como base o compromisso de fortalecer e de acelerar as transformações socioambientais em suas comunidades. Em 2015, a iniciativa explorou quatro categorias: reciclagem de plástico pet, acesso à água, aplicativos ecos amigáveis e agricultura sustentável envolvendo frutas e legumes. Com mais de mil inscritos, o Brasil é um forte candidato a concorrer às finais deste ano. •