< PreviousDoce Revista Setembro/Outubro 201810www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br10Ainda que estável nos últimos cin-co anos, a produção nacional de biscoitos posiciona o Brasil entre os maiores mercados globais da ca-tegoria, respondendo por um terço do consumo nacional de farinha de trigo. O faturamento geral do setor em 2017 bateu em R$ 24,054 bilhões (fábrica), resultado 0,4% inferior ao do exercício anterior, crava a Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos In-dustrializados). Refletindo a perfor-mance geral da indústria brasileira, a categoria acusou redução de 2,8% no volume de vendas – com a colocação de 1,818 milhão de toneladas – e re-tração também do consumo per capita, que caiu de 9,053 para 8,757 quilos/habitante/ano, repassa a entidade. “Os dados repercutem o comporta-mento do consumidor que, diante da crise econômica enfrentada no país, diminuiu sua frequência de compras, mas não retirou da cesta os produtos básicos para o dia a dia, como biscoi-tos do tipo água e sal/cream cracker e laminados secos doces, modalidades que foram, inclusive, os principais im-pulsionadores do crescimento da cate-goria em 2016/2017”, analisa Cláudio Zanão, presidente da Abimapi. O biscoito é, sem dúvida, unani-midade nos lares brasileiros, nota ele. Todas as variedades têm seu espaço entre as preferências do consumidor, sejam tipos clássicos como maisena ou água e sal, variações de recheados, wafers ou ainda os mais sofisticados como os cookies, categoria apreciada pelos norte-americanos e que, graças ao maior poder aquisitivo no Brasil, DOCE OU SALGADO?Brasileiros alegam preferir versões salgadas, mas consomem mais o tipo docePESQUISA DA MINTEL 96% DOS ENTREVISTADOS AFIRMAM CONSUMIR ALGUM TIPO DE BISCOITO.Especial / BISCOITOSwww.docerevista.com.br11Setembro/Outubro 2018 Doce Revista11www.docerevista.com.braterrissou por aqui em anos recen-tes. Prova disso é que a penetração dos biscoitos nas residências chega à impressionante marca de 99,6%, fixa a consultoria Kantar Worldpanel, que audita o consumo nos lares brasilei-ros. “Muitos fatores levaram o país a atingir esse patamar, mas a cultura da população teve papel preponderante no resultado”, observa Zanão. O hábito do consumo de biscoito, impulsionado pela sua praticidade, indulgência, re-lação custo/benefício e validade mais longa, se enraizou em definitivo no co-tidiano dos brasileiros, sublinha. De acordo com um levantamento da consultoria Mintel, que alimenta um banco de dados global de lançamentos em diversas categorias, 96% dos en-trevistados afirmam consumir algum tipo de biscoito, seja doce ou salga-do. Biscoitos salgados, apreciados por 79% dos entrevistados, são mais con-sumidos do que as versões doces, com 73%, ou seja, a maioria dos brasileiros declara consumir mais biscoito salga-do do que doce, repassa Naira Sato, diretora de pesquisa da Mintel. Mas de acordo com análise do banco de da-dos de novos produtos globais da con-sultoria (GNPD/Global New Products Database), o grosso dos lançamentos é encorpado pelas variantes doces. “Apesar da fatia de mercado dessa variedade ser maior, existe oportu-nidade para impulsionar o segmento de biscoitos salgados, devido à alta demanda, de acordo com declarações dos próprios consumidores”, sublinha a executiva. Enquanto as versões doces se mostram mais populares entre os mais jovens, os biscoitos salgados são mais procurados por pessoas maduras, o que re-presenta um ponto favorável para essa variedade, em fun-ção do inexorável envelheci-mento da população. “Portan-to, é essencial desenvolver novidades com formulações/ingredientes que incentivem o público acima de 55 anos a consumir mais biscoitos doces e salgados, a exemplo de tipos com alto teor de fi-bras (preferência de 29% dos entrevistados), 100% natural e sem ingredientes artificiais (25%) e variedades feitas com farinha integral (15%)”, sinaliza Naira. Zanão, da Abimapi, observa que, apesar da alta penetração nos lares, cada bra-sileiro consome na média apenas um pacote por ano. “O que está faltando é maior frequência em volume, por isso o consumo per capita nacional ainda é considerado baixo”, assinala. De acordo com a pesquisa da Min-tel, os biscoitos salgados mais consu-midos pelos brasileiros acima de 55 anos são cream crackers (preferên-cia de 45% dos entrevistados), os ti-pos maisena/maria (42%) e biscoitos água e sal (34%). Para a consultoria, as marcas poderiam fornecer sabores diferentes para esses segmentos, a fim de impulsionar as vendas. Já entre ZANÃO, DA ABIMAPI É PRECISO AUMENTAR A FREQUÊNCIA DE CONSUMO.Doce Revista Setembro/Outubro 201812www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br12os tipos doces, os recheados (16%) e wafers (12%) são os mais consumi-dos. “Sabores preferidos pelos adultos, como de café e chá, chocolate amargo, torta de maçã, abóbora e misturas de sabores doces e salgados, como sal e caramelo, também podem ser usa-dos para revitalizar itens tradicionais e atrair a atenção dessa faixa de consu-midores mais maduros, que não estão somente interessados em biscoitos doces tradicionais”, pontua a diretora da Mintel. Dados da Euromonitor International, que audita o varejo da categoria, con-firmam a maior demanda dos brasilei-ros pelas versões doces, nos últimos cinco anos, a despeito das preferên-cias captadas no estudo da Mintel. Segundo planilhas da consultoria, as vendas de biscoitos salgados saiu de R$ 5,222 bilhões em 2013 para R$ 7,252 bilhões em 2017, enquanto o faturamento dos tipos doces saltou de R$ 13,238 bilhões para R$ 17,640 bilhões, no mesmo período. Pelas pro-jeções da Euromonitor, nos próximos cinco anos as vendas de biscoitos sal-gados devem atingir R$ 9,014 bilhões contra R$ 18,607 bilhões, das varieda-des doces (ver quadro abaixo). DESAFIO CONTINUADODetentora da marca Tuc’s, campeã no segmento de biscoitos salgados, com fatia superior a 10% do filão, a Bela Vista avalia que a categoria segue entre as mais importantes do setor de alimentos, com ampla aceitação e penetração máxima nos lares. “Mas como consequência das dificuldades econômicas, os três últimos anos têm sido muito desafiadores para manter volumes e receita dentro de patama-res estáveis, não obstante a indústria continuar se esforçando para apresen-tar novidades e inovações”, argumen-ta Jorge Conti, CEO da marca. Entre os nos custos dos alimentos, grande par-te dos consumidores das classes C e D – usuária em potencial de biscoitos básicos – tem se tornado mais conser-vadora no momento da compra, nota Conti. “Esse comportamento influencia diretamente o crescimento de vendas de produtos básicos, apresentações de produtos em promoção e ofertas de preço”, comenta o CEO, acrescen-tando que, em contrapartida, itens de maior valor agregado, posicionados em outro target de consumo, também têm mostrado avanço, como é o caso dos segmentos de cookies orgânicos e saudáveis.Na Bela Vista, ele situa, o desafio continuou em 2018, com volumes e receitas ascendentes até a greve dos NAIRA, DA MINTEL BANCO DE DADOS GLOBAL CAPTA QUE BISCOITOS DOCES DOMINAM OS LANÇAMENTOS.exemplos dessa movimentação, ele in-sere a oferta hoje ampla de conceitos, que vão desde o apelo à indulgência aos tipos orgânicos, passando por cor-rentes já consagradas em alimentos como a de maior praticidade e produ-tos saudáveis, com posicionamento de melhor qualidade de vida e bem-estar.Com preocupações como a que-da na renda, desemprego e aumento caminhoneiros, em maio. “Até hoje, as vendas perdidas não se recuperaram completamente e, como consequên-cia, devemos terminar o ano de forma similar aos períodos anteriores, em-bora a expectativa para esse período pós-eleição presidencial seja positiva para a categoria, com possível melho-ra no clima para desenvolvimento de negócios”, sustenta Conti.ANO SALGADOS DOCES TOTAL 2013 5.222,3 13.238,5 18.460,82017 7.252,0 17.640,0 24.892,02023* 9.014,8 18.607,1 27.621,9FONTE: © EUROMONITOR INTERNATIONAL LTD 2018. (*) ESTIMATIVA.BISCOITOS Vendas no varejo (em milhões RS$)Especial / BISCOITOSGOLS NAS GÔNDOLASJá na M.Dias Branco, número um do setor, a crise tem passado incolor contrastando com a intensa movimen-tação do grupo que adquiriu recente-mente os ativos da Piraquê. Indiferente à oscilação no consumo nacional, nos últimos dois anos, a companhia acres-centou 58 novidades aos portfólios de suas marcas, informa Martim Ibrahim Bernardara, diretor de marketing da empresa. “A inovação constante do portfólio é o principal foco, pois prio-rizamos acompanhar e atender aos desejos dos consumidores”, assinala o executivo. Dentre os lançamentos, ele destaca dentro da marca Vitarella a li-nha Delicitá de crackers salgados, nas versões integral e original, agora com distribuição nacional.Outro gol nas gôndolas foi a linha Adria Plus Life, sob a marca Adria que, além de distribuída em todo país, in-corpora como primeiro ingrediente fa-CONTI, DA BELA VISTA APESAR DOS DESAFIOS, AVANÇOS EM LINHAS BÁSICAS E DE MAIOR VALOR.Doce Revista Setembro/Outubro 201814www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br14rinha integral na formulação, focando o consumidor que busca equilíbrio e qualidade de vida, frisa Bernardara. Esse projeto inseriu a marca no filão de saudabilidade, no qual a empresa já detém 3,9% (acumulado de 2018) de participação, crava ele. “Um dos claros posicionamentos da M.Dias Branco é desenvolver produtos cada vez mais saudáveis e um exemplo dis-so são os produtos com adição de mi-cronutrientes, como vitaminas e sais minerais, a exemplo da linha Adria Plus Life, que, além dos micronutrien-tes, incorpora cereais integrais”, in-forma o executivo. Sucesso nas prateleiras da catego-ria de biscoitos infantis, a linha Pluga-dos encorpou o portfólio da Adria com a série Minions, licenciada do filme Meu Malvado Favorito, da Universal Pictures, que também enfeita a linha de recheados Toons, da grife Isabela, campeã em massas, biscoitos e torra-das na região Sul.Para Bernardara, saudabilidade e portabilidade são as tendências da hora na categoria de biscoitos. O for-mato on the go indica praticidade para levar o lanche para diversos lugares, enquanto a saudabilidade é exigida pelo consumidor que busca qualidade de vida. “Temos produtos que seguem as duas correntes, pois a empresa tem como propósito criar itens com foco em nutrição, praticidade e sustentabi-lidade, alinhados com sua estratégia de inovação”, grifa o executivo. Entre as criações saídas do forno, ele insere a linha Bits de Cereais, de snacks em formato exclusivo de esferas, feitos com flocos de arroz integral adiciona-dos de frutas e castanhas, disponíveis nas versões de cacau e castanhas, maçã e banana, e castanha do Pará e coco em pacotes individuais de 60g.Com relação à apresentação das linhas de biscoitos, Bernardara subli-nha a tendência ainda incipiente da utilização de ferramentas de design Líder do mercado de biscoitos, a M.Dias Branco vem mantendo um arsenal sem precedentes de promoções para fixar e fidelizar suas marcas. A estratégia inclui campanhas com influenciadores digitais e celebri-dades. “Entendemos que a exposição das marcas junto a esses formadores de opinião traz uma aproximação mais pessoal com o público-alvo”, teoriza Martim Ibrahim Bernardara, diretor de mar-keting da companhia. Além de oferecer prêmios condizentes com os desejos e necessidades dos consumidores, a M.Dias Branco propõe a oferta de ações com mecanismos de fácil acesso que ampliam as chances de ganhar. “Todos os anos, criamos diver-sas promoções do tipo “Compre e Ganhe” e “Compre e Concorra” para divulgar as marcas do nosso portfólio e oferecer prêmios que fazem a diferença na vida dos consumidores”, assinala Bernarda-ra. Para a marca Treloso, exemplifica ele, a promoção “Treloso Tu-bers” ofereceu ao vencedor a oportunidade de passar um dia com o YouTuber Luccas Neto. Já a campanha “Partiu Richester” trouxe a possibilidade de escolher entre uma viagem para Portugal ou para Rússia. E a promoção “Momento Inesquecível Isabela” colocou o ganhador em um jantar especial com o chef francês Éric Jacquin. “Também incluímos ações com influenciadores para lançamento de produtos e divulgação das promoções com envio de press kits exclusivos das marcas, como é o caso de Plugados, da Adria”, frisa o executivo. RAINHA DAS PROMOÇÕESEspecial / BISCOITOSsensorial, ou seja, com imagens 3D para apresentar o produto com mais realidade e volume, buscando inten-sificar o desejo de consumo. Outro diferencial lembrado pelo diretor são embalagens do tipo pack e os envoltó-rios sazonais. Enquanto os packs são caracterizados pela praticidade que oferecem ao consumidor no dia a dia, disponibilizando porções individuais em um único pacote, a embalagem sazonal sobressai por viabilizar datas comemorativas, como Natal, Páscoa e Dia dos Namorados. “A linha Adria Plus Life se enquadra na opção dos packs, enquanto a Vitarella adota a estratégia sazonal para seu biscoito de chocolate D-tone, no Natal e na Páscoa, tornan-do a experiência de consumo ainda mais especial”, ele lembra. AVANÇO DO ATACAREJO Na Bela Vista, Conti observa que, nos últimos três anos, os segmentos BERNARDARA, DA M.DIAS BRANCO FOCO NA INOVAÇÃO CONSTANTE DO PORTFÓLIO.Doce Revista Setembro/Outubro 201816www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br16que mais crescem são o de cookies e o de rosquinhas. Ele insere também nesse grupo ascendente itens mais tradicionais e básicos, sustentados pela apresentação de produto para o lar, campanhas promocionais (promo/pack) e a boa relação custo/benefí-cio, fundamental para os consumido-res das classes C/D em momento de economia fraca e apertos na renda familiar. “Nossa marca Tuc’s continua crescendo associado ao crescimento dos canais de cash and carry e ata-cados, pois há uma maior distribuição capilar de produtos em todo o Brasil e os consumidores confiam e estão satisfeitos pela proposta de valor da marca”, assinala ele. Entre os destaques do portfólio, o executivo pinça desdobra-mentos da marca Tuc´s, com formato e proposta snack de consumo individual, a exem-plo do Tuc´s Crush. Com rela-ção à distribuição, ele obser-va avanços na participação regional e horizontalização das marcas Bela Vista, com maior penetração nos ca-nais de atacados e no cash & carry (atacarejo). Des-de a sua aparição, a marca Tuc’s incorpora o conceito de snacks, na apresentação, formato e conceito de em-balagem. Ela agora repassa também o conceito de pro-duto on the go, ou seja, por-tável e prático. “Dentro des-sa perspectiva, lançamos as versões Tuc’s Crush e Tuc’s Integral, aprimorando a ofer-ta de valor e posicionamento da marca”, sublinha Conti. Em maio, durante a Apas Show, maior feira supermer-cadista da América Latina, a Bela Vista reapresentou en-tre as novidades da marca a linha infanto-juvenil Fazendi-nha, com mudanças nas embalagens, formatos e sabores. O avanço do segmento de cookies notado por Conti é compartilhado na Nestlé, que encorpa o arsenal de va-riantes da modalidade com as marcas Classic, Garoto e Negresco, repassa Erika Junqueira, gerente de marke-ting de biscoitos da companhia. “É um nicho de crescimento explosivo, que tem apresentado muita inovação, ao lado das linhas de biscoito para a família em que sobressaem do nosso portfólio os recheados Bono e Negres-co”, pontua ela. Para a executiva, os mercados de alimentos saudáveis em geral e o de biscoitos saudáveis, em particular, cresceram vertiginosamente e agora seguem estabilizados. Dentro do con-ceito, nota ela, despontam itens que passam a percepção de mais natural. “Há um ‘novo saudável’, que não tem a ver só com o fato de ser integral, mas com a percepção de naturalida-de, que incorporam ingredientes como grãos ancestrais”, percebe. Como ten-dência, completa ela, esse reposicio-namento é de suma importância e tem propiciado inovações nas receitas, a exemplo da inclusão de sementes e grãos como chia, girassol e nuts di-versos. •LINHA CAMPEÃ DA BELA VISTA FATIA CIMA DE 10% DO SEGMENTO DE CRACKERS.LINHA ADRIA PLUS LIFE SAUDABILIDADE E PORTABILIDADE.Especial / BISCOITOSCADERNO FORNECEDORESDoce Revista Setembro/Outubro 201818www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br18Organizado anualmente pela corporação Tate & Lyle, o evento Healthink reuniu no fi-nal de outubro em São Paulo especia-listas da companhia com fabricantes, acadêmicos e profissionais de saúde. O encontro contemplou a análise e o compartilhamento de informações sobre tendências de consumo da in-dústria alimentícia. “Entre os apon-tamentos desta edição sobressaíram temas como rotulagem limpa, produ-tos de baixa caloria e a sustentabili-dade”, assinala Oswaldo Nardinelli, vice-presidente sênior da Tate & Lyle para América Latina. Na entrevista as seguir, o executivo com mais de 30 anos de atuação no setor de con-fectonery (ex-dirigente da Kraft Foods, Cadbury Adams e Arcor) detalha a ação e iniciativa da Tate & Lyle na divul-gação das tecnologias envolvidas em seu portfólio. DR – Qual a motivação para promover o evento Healthink by Tate & Lyle? Nardinelli – O Healthink é um seminário interativo e educacional criado para mostrar como a empresa pode ajudar a indústria de alimentos e bebidas a explorar tendências e su-perar os desafios da formulação de receitas. Nele, recebemos clientes e formadores de opinião, como nutri-cionistas e acadêmicos. Nossos espe-cialistas compartilham informações e esclarecem dúvidas dos participantes. É a segunda vez que essa sessão de encontros ocorre no Brasil. Este ano, na América Latina, ela também acon-teceu no México e na Argentina. O Healthink é um evento de relaciona-mento, e o que mostramos aos nossos convidados é quão completo é nosso portfólio. DR – Quais foram as inovações repassadas nesta edição? Nardinelli – Estamos prontos para atender as necessidades da indústria Como ser saradoTate & Lyle reúne especialistas para análise de tendências e compartilhamento de informações RÓTULOS LIMPOS TENDÊNCIA DE SIMPLIFICAÇÃO E REDUÇÃO DE FÓRMULAS EM ALTA.ENTREVISTA / OSWALDO NARDINELLINext >