Nº 267Set/Out 2018BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS32www.docerevista.com.br/docerevista/doce_revista/doce-revistaA VOLTA AOS BÁSICOSEM VERSÕES DOCES OU SALGADAS ELES CONTINUAM SENDO A PREFERÊNCIA NACIONALENTREVISTA ADOÇANTES DE PONTA E CLEAN LABEL EM PAUTA NA TATE & LYLEVITRINE LATINEX CORTA FITA DA FÁBRICA DE SNACKS SAUDÁVEIS EM CURITIBABISCOITOSwww.docerevista.com.br3Setembro/Outubro 2018 Doce RevistaDe número um no fornecimento mundial de cacau o Bra-sil caiu para a sexta colocação. Mas esforços recentes para recuperar a produção vêm imprimindo otimismo na cena internacional. Até a Organização Internacional do Cacau (ICCO) considera que o país pode voltar a liderar o crescimento em todo o mundo, já nas próximas cinco safras. Iniciativas em prol da melhoria da cultura doméstica do ca-cau, por sinal, são foco da seção Sustentabilidade da presen-te edição. As safras brasileiras têm sofrido nos últimos anos com a longa seca no Nordeste que derrubou a produtividade na Bahia. Mas com o apoio da Comissão Executiva de Plane-jamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a produção do Pará vem, em paralelo, sinalizando crescimento. Estimativas da ICCO indicam que a produção brasileira crescerá a uma taxa de 2,6% ao ano entre a safra atual (2018/19) e a de 2022/23. Se essa previsão se concretizar, o país pode atingir 200 mil toneladas (t) de cacau em cinco temporadas, 20 mil t a mais que a do ciclo recém-iniciado (2018/19), projeta a Associa-ção Nacional da Indústria Processadora de Cacau (AIPC). O setor, no entanto, cogita atingir a produção de 400 mil t em dez anos. Uma das principais razões para o otimismo com o futuro da produção brasileira é a estratégia do país de utilizar a produção de cacau em conjunto com a floresta para atingir as metas de redução de emissões de gás estufa estabeleci-das pelo Acordo de Paris. No Brasil, o cacau é cultivado em conjunto com outras espécies, de forma a criar um sistema agrícola sustentável, conhecido como cabruca. Aparente-mente, o governo brasileiro recém-eleito pretende satisfazer parte dos compromissos junto ao Acordo de Paris, elevando a participação do sequestro de carbono pelo sistema cabru-ca. O plano de crescimento no Brasil é acompanhado por outros players da América Latina, sobretudo pelo Equador e Peru, cujos governos têm atuado ativamente para elevar a produtividade da cacauicultura. Nesses países, a produção avança devido ao caráter empresarial dessa atividade, uma característica que contrasta com África, Sudeste Asiático e Oceania. Nessas regiões, a produção é pequena e desorga-nizada. Na América Latina, dado o potencial para elevar a produtividade, não há necessariamente pressão da cultura sobre novas áreas. Segundo a AIPC, outras regiões do mun-do também conseguirão aumentar sua produção, mesmo com um modelo mais "artesanal", o que deve manter a atual fatia da América Latina em 16%. Mas a região deve se tornar uma fonte-chave de cacaus finos, um nicho em ascensão, principalmente no Sul da Bahia, pois há uma crescente de-manda por chocolates de alta qualidade, fino e de origem. Essa preferência vai ajudar a sustentar a produção de cacau no Brasil e em toda América Latina. •DE VOLTA AO TOPOCarta do EditorDoce Revista Setembro/Outubro 20184www.docerevista.com.br08 VITRINE / LATINEX Desbravadora do mercado de snacks saudáveis no país inaugura fábrica em Curitiba e nacionaliza parte do portfólio de itens importadosCADERNO FORNECEDORES18 ENTREVISTA VP Latin America da Tate & Lyle detalha ofensiva da companhia em evento que resume suas inovações tecnológicas 24 EQUIPAMENTOS Onda de mais cacau no chocolate puxa demanda premium que mantém aquecida importação de linhas para processamento SEÇÕES06 FAST NEWS Confira em primeira mão o que rola no mercado de candies26 CONSULTORES A análise de especialista do mercado de açúcar28 SUSTENTABILIDADE Mondelez implementa programa global para garantir suprimento sustentável de cacau30 TENDÊNCIAS Anvisa estabelece prazo até o fim do ano para implantar modelo de rotulagemwww.docerevista.com.br/docerevista/doce_revista/doce-revista10 ESPECIAL BISCOITOSAlta penetração nos lares e baixo consumo per capita persistem no setor que, sob pressão da crise econômica, continua estável com uma demanda voltada para itens mais básicosSumárioDoce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05) dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas, distribuidores, varejistas e supermercadistas.Redação, administração e publicidade: Rua Sergipe, 305 - casa 5 - São Paulo - SP - 01243-001Fone/Fax: (011) 3666-8301e-mail: definicao@definicao.com.brsite: www.docerevista.com.brCIRCULAÇÃO NOVEMBRO DE 2018Reprodução permitida desde que citada a fonteDispensada da emissão de documentação fiscal, conforme Regime Especial Processo DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90.R E D A Ç Ã OANO 32 - Nº 267 - SET/OUT 2018DiretoraBEATRIZ DE MELLO HELMANEditor FÁBIO FUJIIeditor@docerevista.com.brDiretor de Arte SAMUEL FELIX producao@docerevista.com.brA D M I N I S T R A Ç Ã ODiretora BEATRIZ HELMANbeatriz.helman@definicao.com.brPublicidadeANTONIO CANELA BARRETO docerevista@docerevista.com.brInternational SalesMULTIMEDIA, INC. (USA)Fone: +1-407-903-5000 - Fax: +1-407-363-9809U.S. Toll Free: 1-800-985-8588e-mail: info@multimediausa.comAssinatura KELI OYANEDITORADEFINIÇÃOFotografia SHUTTERSTOCKFoto da Capa SHUTTERSTOCKDesign da Capa SAMUEL FELIXwww.docerevista.com.br5Setembro/Outubro 2018 Doce RevistaAcompanhe os lançamentos das indústrias de chocolates, snacks, biscoitos e candies na coluna Saindo do Forno, no site de Doce Revista. Todas as segundas, quartas e sextas, a publicação renova o leque de novidades, abrindo em primeira mão as linhas de confeitos e guloseimas que irão enfeitar as vitrines do trade doceiro nacional. E às sextas-feiras, Doce Revista dispara sua newsletter – direto para todos os leitores cadastrados no site – com a seleção de notas da semana. DOCE REVISTA DIGITALApenas para os leitores cadastrados no site (gratuitamente), Doce Revista publica no intervalo de suas edições impressas bimestrais a Doce Revista Digital, versão eletrônica da publicação, que traz o mesmo estilo de pautas da revista impressa, mas em formato editorial e visual mais leve. Acesse e confira! SAINDO DO FORNOACESSE DOCEREVISTA.COM.BRDoce Revista é a única publicação especializada na cobertura do setor de chocolates, balas, confeitos, snacks, amendoins, biscoitos, chicles e demais guloseimas.ASSINE PELO TELEFONE:11 3666-8301 ASSINE PELO SITE: www.docerevista.com.br/assineASSINEDoce Revistadocerevista.com.brDoce Revista Setembro/Outubro 20186www.docerevista.com.brPor décadas seguidas a número um na cena nacional de drops e balas, a marca Halls anuncia ao público uma mu-dança impactante neste fim de ano. Toda a linha de sticks será relançada com formato adaptado a um melhor encaixe na boca, tornando a experiência de consumo ainda mais praze-rosa. Além disso, as unidades agora exibem uma reformulada embalagem interna, que não gruda mais na bala. “Tudo isso com o mesmo sabor e refrescância que as pessoas já conhe-cem”, repassa Fernanda Verrengia, gerente de marketing de balas para Mondelez Brasil, detentora da marca. A evolução da linha atual, complementa ela, faz parte do movimento de modernização, que traduz a ousadia caracte-rística da marca. Presente no Brasil há quase 50 anos, Halls permaneceu o mesmo desde o seu lançamento. “Precisáva-mos mudar, evoluir e modernizar o produto’’, assinala Fernan-da. Segundo ela, a Mondelez se preocupou em colocar o con-sumidor no centro das decisões para entregar um produto de mais qualidade. Após diversas pesquisas e estudos sobre a bala, a companhia trouxe uma novidade relevante para o seu público, frisa a executiva, enriquecendo ainda mais a chama-da experiência de consumo. A melhoria contempla todos os sabores em stick de Halls, o carro-chefe da marca, enquanto o Halls Mini, a bala sem açúcar que vem na caixinha, não sofre alteração. ATENDENDO PEDIDOSMondelez promove relançamento de todo o portfólio da marca Halls FERNANDA, DA MONDELEZ NECESSIDADE DE MUDANÇA E EVOLUÇÃO. Em revisão de estimativa para a safra global de açúcar em 2018/19, a Datagro ampliou o déficit de oferta na tempo-rada, de 715 mil toneladas (t) para 1,58 milhão de t. Já para a safra de 2019/20, a previsão de déficit é da ordem de 7,52 milhões de t. Segundo Plinio Nastari, presidente da consul-toria, o clima reduziu o desempenho da safra nos principais players mundiais, a exemplo da Índia. Desde junho, observa ele, as precipitações estão 7,5% abaixo da média histórica. “As projeções de produção indicam 32,5 milhões de t na sa-fra 2018/19, ante uma previsão inicial de 35,05 milhões de t", assinala o executivo. Para a safra 2019/20, a Datagro estima uma produção de 29 milhões de t para o país, com as lavou-ras ainda sentindo o impacto das secas.O clima seco também deverá impactar a produção no Pa-quistão, de 6,4 milhões de t (ante 6,8 milhões de t, estima-das anteriormente), e na União Europeia, onde são esperadas 18,55 milhões de t contra 21,10 mi-lhões de t na safra de 2017/18. No blo-co europeu, a falta de chuvas reduziu a produtividade das lavouras de beter-raba em 10% na atual temporada.Em relação ao cenário brasileiro para 2018/19, Nas-tari estima que a safra no Centro-Sul alcance 558,78 milhões de t. O destaque vai para uma safra mais alcooleira, uma vez que são esperados 30,4 bilhões de litros de etanol (incluindo o biocombustível produzido a partir do milho), frente a 26,4 milhões de t de açúcar.NASTARI, DA DATAGRO SAFRA MAIS ALCOOLEIRA NO BRASIL. MENOS DOCEDatagro prevê déficit global de açúcar nas próximas safrasDono das redes Kopenhagen e Brasil Cacau, o grupo CRM projeta uma expansão de 15% no faturamento de 2018, alcançando o patamar de R$ 1,5 bilhão. Na rede principal, o desempenho é resultado da estratégia de rejuvenescimento da marca Kopenhagen, da ampliação de lojas e do ingresso na categoria de cafés em cápsula. Já na bandeira mais popular, o crescimento se deve à expansão do número de lojas e a um au-mento de produtos de baixo desembolso. "Estamos prevendo uma aceleração no último trimestre do ano", antecipa Renata Moraes Vichi, vice-presidente executiva do grupo, que também é sócio da grife suíça Lindt & Sprüngli, na rede de lojas da mar-ca no país. Segundo ela, as vendas da Kopenhagen cresceram 13% em agosto e 17% em setembro, em relação ao mesmo período de 2017. A Brasil Cacau, por sua vez, avançou 12% e 9%, respec-tivamente nos mesmos meses. As mudanças na Kopenhagen incluíram a venda de cápsulas de café de marca própria em julho nas lojas da rede. Nos três pri-meiros meses, as vendas atingi-ram um milhão de cápsulas. "Re-presentou o dobro do projetado pela companhia e foi necessário aumentar a produção para os três meses seguintes em mais de 30% para atender à demanda, que continua crescendo", observa Renata, acrescentando que as vendas de café já re-presentam 30% da receita do grupo.Para a executiva, a demanda de presentes ainda deve crescer no Natal deste ano. A Kopenhagen terá 11 lança-mentos para a ocasião, que responde por 25% da receita da companhia no ano. A maior aposta é uma linha de panetones Língua de Gato com o dobro do recheio da versão lançada no ano passado. "Espero que as vendas no Natal fiquem 15% maiores do que em 2017", torce a executiva. EXPANSÃO À VISTAIngresso no mercado de café em cápsulas faz receita da Kopenhagen crescer RENATA VICHI, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVA DO GRUPO CRM EXPECTATIVA DE VENDAS 15% MAIORES NO NATAL. Doce Revista Setembro/Outubro 20188www.docerevista.com.brOriunda de importadora respon-sável pela introdução de linhas de snacks saudáveis no país, a Latinex cortou em outubro a fita inaugu-ral de sua fábrica em Curitiba (PR). Com investimento orçado em R$ 10 milhões, a planta vai produzir as marcas de gu-loseimas saudáveis e aperitivos étnicos Fit Food e Frontera no país, eliminando eventuais gargalos de distribuição, re-passa Eduardo Moraes, CEO da Latinex. “Com o processamento e envase de mais de 100 itens de quatro diferentes marcas, a previsão é reduzir em até 40% o preço final para o consumidor”, assi-nala o empresário. Depois de nove anos atuando na im-portação e distribuição de alimentos, a Latinex coloca em prática um plano que prevê crescimento de 30% nos próximos três anos, projeta Moraes. “A empre-sa cresceu acima de 450% entre 2012 e 2017, e foi por conta desse avanço que decidimos investir na fabricação no Brasil”, reporta ele, acrescentando que, para isso, a Latinex adquiriu uma parte das marcas que comercializava, ficando dispensada de recolher royalties sobre a venda da maioria das linhas. A fabricação das marcas Fit Food e Frontera no Brasil elimina os problemas oriundos da importação e amplia o esto-que para o crescimento projetado para os próximos anos. “À medida que os con-ceitos das linhas foram sendo validados com o aumento da demanda, sentimos a necessidade de investir na ampliação das marcas e, para alcançar esse obje-tivo, precisávamos produzir os itens lo-calmente”, justifica Moraes, adiantando que, até o segundo trimestre de 2019, a Latinex pretende produzir 90% dos itens do atual portfólio. Parte do investimento também foi dedicado ao aperfeiçoamento das re-ceitas, formatos e identidade visual, principalmente das guloseimas doces e salgadas. “Todos os itens passaram por adaptações e melhorias para serem pro-duzidos no Brasil”, informa o dirigente. Para orientar as mexidas, a Latinex en-comendou pesquisas a consultorias es-pecializadas dentro e fora do país. Com o início da produção nacional, a empresa está relançando itens que atendem ao perfil do consumidor local de acordo com os estudos realizados. “Em outubro, reintroduzimos os biscoitos de arroz da Fit Food, que chegam aos consumidores em formato mini e em embalagens de 30g”, anuncia Moraes. Ele sublinha que o processo indus-trial da Latinex também conta com equi-pamentos inovadores para produção de snacks com níveis reduzidos de gor-dura e sódio, preservando os sabores. Entre os exemplos, o industrial insere a linha de snacks de grão-de-bico da Fit Food, os crackers de arroz da marca e as tortilhas e batata chips da Frontera, programadas para subir às gôndolas nos próximos meses. O SALGADINHO É NOSSOFábrica instalada no Paraná vai reduzir preço final de linhas de snacksVitrine / LATINEXLINHA DA LATINEX PORTFÓLIO FORMADO A PARTIR DE PESQUISA EM MAIS DE 60 PAÍSES.www.docerevista.com.br9Setembro/Outubro 2018 Doce RevistaTENDÊNCIAS MUNDIAISAinda como importadora, a Latinex garimpou grifes pelo mundo afora, en-corpando um portfólio hoje com mais de 150 itens, disponível nas gôndolas das principais redes de supermercados, em-pórios e casas de produtos naturais de todo o Brasil, sob as marcas Smart, Fit Food, Frontera, Taste&Co e Tyrrells. Para reunir esse sofisticado leque, Moraes visitou mais de 60 países, partindo da premissa de trazer alimentos para apro-ximar o público brasileiro das tendências mundiais de alimentação. “Nosso ca-tálogo oferece os melhores sabores do mundo, incluindo hoje também marcas do Brasil, sempre com muita praticida-de e qualidade, atendendo as diferentes ocasiões de consumo”, assinala o CEO da Latinex. Para ele, o objetivo inicial da opera-ção foi viabilizar o acesso a tendências globais de alimentação para os consu-midores brasileiros. O intuito era dispo-nibilizar produtos inovadores para que as pessoas tivessem mais opções de consumo e qualidade na alimentação do dia a dia. Sobre o ingresso no mercado de snacks, Moraes conta que, como em todo e qualquer investimento, primeiro fez um levantamento para visualizar o universo das possibilidades em alimen-tos para o varejo. “Decidimos ingressar primeiramente em snacks, porque vi-mos uma lacuna na oferta e queríamos preenchê-la com opções saudáveis, que é a grande tendência global”, assinala ele, completando que o diferencial foi buscar essas alternativas dentro de um formato que entrega sabor e conveniên-cia para consumidores, cujo perfil inclui quem tem estilo de vida ativo e pouco tempo para escolher ou preparar suas refeições.Moraes reconhece que tinha pouca ou quase nenhuma experiência no setor, o que de certa maneira foi positivo para o início das operações. “Essa ausência de background nos deu um olhar externo mais isento”, frisa o empresário. Assim, foi aos poucos selecionando e dese-nhando as linhas de produtos, a partir de uma experiência mais individual, como consumidor. “A empresa, dessa forma, não tem os vícios nem os limites dos grandes fornecedores de alimentos”, ele conclui. Para decidir o portfólio de itens, Mo-raes considera que ainda faz um traba-lho de maturação sem prazo definido, mas inicialmente a seleção partiu de es-tudos das macrotendências em alimen-tação (saudável, gourmet, ingredientes, sabores) cruzados com as oportunida-des no mercado brasileiro. O câmbio, ele lembra, também teve uma forte influên-cia, uma vez que, na fase de testes, não se podia repassar eventuais variações cambiais aos clientes. “Temos a felicida-de de não ter um carro-chefe, mas uma divisão saudável entre as marcas, linhas e itens. Algumas têm maior volume e menor margem, outras o inverso. É um conjunto em que cada marca tem seu papel claro e complementa a outra para um negócio forte e crescente”, enfatiza Moraes. •MORAES SEM CARRO-CHEFE, MAS COM UM NEGÓCIO FORTE E CRESCENTE.CRACKERS DA FIT FOOD REPAGINAÇÃO DE RECEITA, FORMATO E EMBALAGEM.Next >