Forte alta

Um movimento intenso de alta de preços foi registrado em outubro...
cana de açúcar
Ronaldo Lima Santana
Ronaldo Lima Santana

Um movimento intenso de alta de preços foi registrado em outubro no mercado internacional de açúcar. Com o encerramento da tela mensal, a pressão vendedora deixou de ser exercida.
A quebra de safra no Centro-Sul brasileiro ficou mais evidente e a Europa confirmou também sua redução de produção de açúcar, juntamente com a América Central. Esses foram os fundamentos que contribuíram para o fortalecimento dos preços da commodity. Junte-se a isto a desvalorização do dólar frente ao real e a ação compradora dos fundos.

Na última semana do mês, a tendência de alta em dólares e em reais, que vinha ocorrendo desde o inicio do período, foi interrompida e os preços caíram. O mercado encontrou dificuldades de romper a resistência de 14 cents/lb.

O gráfico abaixo mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o 1º vencimento.

Em um cenário de estoques relativamente baixos, com base no balanço oferta/demanda, observa-se uma oferta de açúcar restrita no Centro-Sul, o que fortaleceu os preços internamente.

Vale lembrar que esse movimento ocorreu mesmo sem o suporte do mercado externo que, apesar de ter apresentado preços na ascendente, perdeu competitividade diante da desvalorização do dólar frente ao real.

O mix de produção segue mais alcooleiro na atual safra do Centro-Sul. No acumulado, desde o início da safra até 16 de outubro, 64% da cana foram direcionadosa à produção de etanol. A quebra na produção de açúcar já havia alcançado 7,9 mihões de toneladas e com tendência a aumentar. A previsão é de chegue a 9,1 mihões de toneladas.

As chuvas ocorridas no mês prejudicaram o andamento da moagem e a previsão de término antecipado da safra foi prorrogada.

O gráfico acima apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados índices JOB Economia e Esalq.


Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente
da JOB Economia e Planejamento

 

A JOB Economia há 24 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, tem como objetivo principal antecipar movimentos de mercado para um posicionamento correto nas estratégias empresariais de seus clientes e por fim, contribuir para que façam um bom “trading”.
Dentre nossos produtos, temos o relatório “Monitoramento Semanal dos Mercados – Açúcar & Etanol”, realizado desde 1995, que busca dar aos clientes informações claras, objetivas e isentas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e no exterior. O objetivo final é posicionar os clientes adequadamente em suas estratégias de compra e venda.
O grau de acerto das nossas previsões de tendência de preços de curto-prazo, nesta safra 2018/19, até o final de Agosto, oscilou no intervalo de 71% (açúcar-CSul) – 90% (açúcar-NNE).
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