< PreviousDoce Revista Digital Outubro/Novembro 201820www.docerevista.com.brCumprindo mais uma etapa de sua estratégia de expansão na América Latina, a Duas Rodas inaugurou em novembro as novas instalações de sua fábrica na Colômbia. O investimento em torno de R$ 400 milhões, iniciado em 2015 e que incluiu a implantação de um centro de tecnologia e inovação (CTI) na unidade da Mix em julho em São Paulo, vai permitir dobrar a capacidade de produção da unidade colombiana. Fonte de aromas, extratos e desidratados, condimentos e aditivos, além de chocolate e ingredientes para sorvetes e confeitaria, a Duas Rodas opera há mais de 93 anos o mercado global de alimentos e bebidas, e está presente em mais de 30 países, que respondem por 14% da receita geral, crava Leonardo Fausto Zipf, presidente da companhia. “O mercado colombiano tem absorvido bem nossos produtos e, por isso, precisávamos da expansão para atingir o aumento de vendas projetado para esse país”, justifica o empresário. Com mais de 2 mil metros quadrados de área construída na região metropolitana de Medellín, em condomínio industrial do município de La Estrella, as instalações foram projetadas para unificar e otimizar todos os setores, com a ampliação dos espaços destinados às seções fabris, ao almoxarifado, estocagem e distribuição, e também das áreas voltadas para as atividades administrativo-financeiras e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento.Em paralelo às obras civis, destaca Zipf, a Duas Rodas investiu na automatização de máquinas e equipamentos e na aquisição de linhas de maior produtividade. “A fábrica de Medellín foi estruturada dentro do conceito Lean Manufacturing (manufatura enxuta), com a aplicação da ferramenta de mapeamento do fluxo de valor (VSM/Value Stream Mapping), que promove a otimização de layouts e processos, com o objetivo de melhorar e dar velocidade à logística e à produção, tornando os produtos mais competitivos e reduzindo o tempo de entrega”, detalha o dirigente. Ele completa que as instalações foram também projetadas e executadas dentro AVANÇO LATINODuas Rodas corta a fita da fábrica de ingredientes na ColômbiaINSUMOS / Duas Rodaswww.docerevista.com.br21Outubro/Novembro 2018 Doce Revista Digitalde conceitos que atendem às exigências da certificação internacional FSSC 22000, de segurança de alimentos. MULTINACIONAL BRASILEIRA“O investimento nessa infraestrutura moderna, tecnológica e adequada para atender às exigências locais confirma a nossa aposta no potencial da Colômbia e na estratégia de crescimento em toda a América Latina,” frisa o presidente da Duas Rodas. Nos últimos três anos, reporta ele, a companhia inclusa no seleto clube de multinacionais brasileiras bancou importantes investimentos no exterior, com a inauguração de unidades na Argentina, em 2015, e no Chile, no ano passado, além da duplicação da filial no México, no início deste ano.A unidade colombiana produz, atualmente, aromas líquidos, aromas em pó, frutas em pó, turvadores, e misturas em pó para frigoríficos e de corantes. Com a ampliação do parque fabril e a incorporação de tecnologia atualizada, a empresa lançará uma linha completa de emulsões para bebidas e passará a fabricar localmente produtos como emulsificantes em pastas, coberturas, recheios e preparados para iogurtes, anuncia Zipf.“Além de fortalecer nossa atuação no mercado local, a unidade também terá como estratégia o atendimento a outros países do entorno, como Equador, América Central e Caribe”, exemplifica a diretora de negócios internacionais Rosemeri Francener.A Duas Rodas conta atualmente com mais de 200 especialistas em suas sete unidades no Brasil e América Latina, que atuam no desenvolvimento de soluções tecnológicas ZIPF, DA DUAS RODAS INVESTIMENTO CONFIRMA A APOSTA NA COLÔMBIA E EM TODA A AMÉRICA LATINA.inovadoras, informa Zipf. No ano passado, relata ele, a empresa conseguiu superar o desafio interno de assegurar que pelo menos 10% do seu faturamento fosse proveniente de produtos com esse perfil. “Esse indicador alcançou 15% nos últimos três anos, com mais de 960 itens novos no portfólio e essa performance confirma o alinhamento das nossas propostas inovadoras às tendências de um mercado, que busca cada vez mais diferenciação, saudabilidade aliada à indulgência, conveniência e sustentabilidade”, sintetiza o dirigente. ■Doce Revista Digital Outubro/Novembro 201822www.docerevista.com.brFonte global de especialidades químicas, a Clariant anuncia novidades para o setor de ingredientes direcionados ao universo vegetariano, hoje em voga em todas as frentes de alimentos. Entre as inovações saídas dos tubos de ensaio, sobressaem as soluções all-in-one Vitipure DF (dairy free), prontas para serem transformadas em bebidas, fermentados, sobremesas e outros alimentos sem lactose ou veganos, adaptados às novas necessidades de consumo, repassa Danilo Seabra, responsável global pelo marketing do negócio de ingredientes alimentícios da Clariant. “Os consumidores desse tipo de alimento não são necessariamente vegetarianos, mas pessoas motivadas a fazer escolhas mais saudáveis”, frisa o executivo. Ele relata que, depois de monitorar a evolução dessa demanda, a empresa decidiu oferecer uma plataforma de inovação pela qual se traduzem tendências globais para a realidade dos países latino-americanos. As soluções Vitipure DF à base de cereais são livres de glúten, lactose e ricas em cálcio e outros nutrientes, detalha Seabra. Além de se ajustar à necessidade de cada desenvolvimento, no que se refere ao aroma, sabor, corpo e outras características, têm aplicações em segmentos em ascensão como é o caso das bebidas vegetais. E além das formas tradicionais, de amêndoa e aveia, podem ser encontradas nos mais diversos sabores, tais como chocolate, coco e café, entre outros. Segundo Seabra, a linha Vitipure apresenta outros benefícios, a exemplo das soluções Vitipure NR, que reduzem o teor de sódio. Já a Vitipure SL amplia de forma natural a vida útil de alimentos industrializados, e a série Vitipure SR ajuda a indústria a reduzir o açúcar de maneira natural. Entre os diferenciais da área de negócios de ingredientes alimentícios da Clariant, o executivo destaca o Centro Regional de Desenvolvimento e Aplicações para a América Latina, localizado em São Paulo. Além de contar com equipe de especialistas, disponibiliza modernos equipamentos, a exemplo de uma planta piloto UHT, capaz de reproduzir processos de produção de alimentos similares aos de escala industrial. “Fornecemos apoio desde o projeto inicial até o desenvolvimento de formulações ajustadas às instalações industriais, passando pela elaboração de protótipos e todos os ajustes necessários para a produção em larga escala”, assinala Seabra. ■SEABRA, DA CLARIANT APOIO DO DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS À PRODUÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL.INSUMOS / ClariantMUNDO VERDEClariant divulga inovações em ingredientes para produtos de base vegetalDoce Revista Digital Outubro/Novembro 201824www.docerevista.com.brCONSULTORES / AçúcarTanto em dólares quanto em reais, a tendência de alta estabelecida desde o inicio de outubro no mercado internacional de açúcar foi interrompida e os preços desabaram, mantendo-se em relativa baixa por quase todo o mês de novembro. Essa queda observada, no entanto, vinha sugerindo uma correção técnica de baixa. No final desse período passaram a prevalecer os fundamentos de mercado, positivos para preços, sinalizando um déficit global na produção de açúcar para a safra 2019/20. Além disso, o superávit previsto para 2018/19 vem sendo A GANGORRA VOLTOU 25reduzido. Com isso, tivemos no encerramento de novembro as cotações de açúcar ensaiando uma retomada de alta.O gráfico à esquerda mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o 1º vencimento. A falta de suporte do mercado externo ajuda a explicar a interrupção do movimento de alta nos preços do açúcar observado no período de agosto a outubro. Apesar disso, o mercado interno de açúcar segue apresentando um ambiente de preços firmes, sustentado por uma situação de estoques mais reduzidos quando comparados com a safra anterior. O forte viés alcooleiro desta safra acarretou esta situação.Ronaldo Lima SantanaA JOB Economia há 24 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, tem como objetivo principal antecipar movimentos de mercado para um posicionamento correto nas estratégias empresariais de seus clientes e por fim, contribuir para que façam um bom “trading”. Dentre nossos produtos, temos o relatório “Monitoramento Semanal dos Mercados – Açúcar & Etanol”, realizado desde 1995, que busca dar aos clientes informações claras, objetivas e isentas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e no exterior. O objetivo final é posicionar os clientes adequadamente em suas estratégias de compra e venda. O grau de acerto das nossas previsões de tendência de preços de curto-prazo, nesta safra 2018/19, até o final de Agosto, oscilou no intervalo de 71% (açúcar-CSul) - 90% (açúcar-NNE). Solicite gratuitamente dois exemplares do relatório completo e veja como nosso trabalho pode ajudá-lo na tomada de decisões.Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e PlanejamentoNesta etapa final de moagem no Centro-Sul brasileiro, as chuvas caíram de forma intensa e prejudicaram a finalização da safra, trazendo sustentação adicional para os preços do açúcar.Nesse ambiente, as usinas não têm promovido pressão de oferta e esse quadro vem ajudando na manutenção da atual situação de preços.Por outro lado, o fato do açúcar no mercado interno ser o produto que mais remunera o produtor sugere uma oferta maior do insumo no mercado “spot”.O gráfico ao lado apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelos índices JOB Economia e Esalq. ■Doce Revista Digital Outubro/Novembro 201826www.docerevista.com.brComprometidas com a promoção de estilos de vida saudáveis e em sintonia com tendências globais em alimentação, as indústrias brasileiras anunciaram em novembro um plano de redução voluntária de açúcares em alimentos e bebidas de forma a contribuir para a redução do consumo de açúcares pela população brasileira. De acordo com estudo elaborado com base na última POF/IBGE (Pesquisa de Orçamentos Familiares/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior parte do consumo desse insumo no Brasil é proveniente da quantidade adicionada no preparo final dos alimentos nos lares ou em bares e restaurantes, totalizando 56,3% da demanda geral. O açúcar adicionado nos alimentos industrializados responde por 19,2% do total consumido, segundo a mesma fonte.Essa redução voluntária será aplicada em 23 categorias de alimentos e bebidas compreendidas em cinco grupos: bebidas adoçadas, biscoitos, bolos prontos e misturas para bolo, achocolatados em pó e produtos lácteos. O projeto prevê retirar, de forma gradual, 144,6 mil toneladas até 2022. DOCE MENORSetor de alimentos e bebidas anuncia plano de redução voluntária de açúcarTENDÊNCIASAÇÃO EM PARCERIA COM O MS PROPOSTA VISA RETIRAR MAIS DE 144 MIL TONELADAS DE AÇÚCAR DE ALIMENTOS E BEBIDAS ATÉ 2022.A medida foi assegurada por acordo com o Ministério da Saúde (MS) assinado pelas quatro maiores entidades do setor: Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios). Ao todo, fazem parte do acordo 68 indústrias, que representam 87% do mercado de alimentos e bebidas do país.Anteriormente, entre 2008 e 2010, um primeiro acordo entre o MS e a Abia já havia assegurado a retirada de cerca de 310 mil toneladas de gordura trans dos alimentos industrializados. Ainda em curso no país, o Plano de Redução de Sódio registra a retirada de 17.254 toneladas até o ano passado. A meta é chegar a 28,5 mil toneladas em 2020.Com relação ao acordo voluntário para a redução de açúcares, o início dos trabalhos foi marcado pela realização de diversos encontros, a partir de maio de 2017, entre representantes das indústrias e do MS. Também foram realizadas seis oficinas técnicas sobre os temas “Overview sobre os açúcares nos alimentos”, “Bebidas adoçadas (néctar, refrescos e refrigerantes)”, “Bolos (bolos prontos e misturas para bolos)”, “Biscoitos (doce com e sem recheio, wafer)”, “Achocolatados” e “Produtos Lácteos (iogurtes, bebidas lácteas, fermentadas e não fermentadas prontas para consumo, iogurtes gregos e Petite Suisse)”.O ponto de partida para a definição das metas de redução foi um levantamento feito com as empresas associadas, para identificar os teores de açúcares – em gramas por 100 gramas ou mililitros do produto – existentes em cada categoria e calculados os teores médios praticados. O principal critério adotado para o final dos primeiros quatro anos de pactuação é que todos os produtos possuam teores de açúcares menores ou iguais às médias identificadas.■Next >