Volatilidade não dá tréguas

Ronaldo Lima Santana
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O mercado internacional de açúcar apresentou forte oscilação de preços no período de dezembro e janeiro. Na primeira quinzena de fevereiro, a volatilidade permaneceu, porém com menor intensidade. Em cotação que remunera o produtor brasileiro, a oscilação de preços foi de R$ 1.309,00 por tonelada (t) a R$ 1.489,00/t, no período. Já em cents/lb oscilou entre a mínima de 18,03 a máxima de 21,18.
O mês de dezembro basicamente se caracterizou por um ambiente mais baixista para os preços, amparado na valorização do dólar frente ao real, na liquidação de posições liquidas compradas por parte dos fundos e na redução dos déficits previstos para a safra mundial 2016/17.
A partir do final de dezembro até meados de janeiro, o mercado subiu fortemente com suporte na continuada valorização do real frente ao dólar, na alta dos preços do petróleo e em noticias relacionadas a um eventual encerramento antecipado da safra indiana.
A partir de então, o mercado vem apresentando alta volatilidade. Quanto a fundamentos não existe clareza, por enquanto, do tamanho do déficit a ser verificado na safra mundial 2016/17. Existem, atualmente, informações positivas e negativas para a produção global.
O gráfico acima (à dir.) mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o 1º vencimento.
No caso do açúcar negociado no mercado doméstico, tomando por base o Estado de São Paulo, os preços apresentaram movimento de baixa por todo o período.
A necessidade de caixa no final de 2016 para cumprimento de obrigações com 13º salário e despesas de final de safra deram início à pressão de oferta que teve continuidade na falta de suporte de preços do mercado externo.
O gráfico à direita  exibe os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços. •

 

A JOB Economia realiza no próximo dia 7 de abril no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, a 16º edição de seu Seminário Anual – Estratégias Empresariais para Açúcar e Etanol.
O evento, mais uma vez, vai refletir sua natureza de consultoria e orientar debates de cunho econômico e estratégico, além de discutir os desafios de gestão no mundo globalizado. E o mais importante: abre espaço profissional para um momento de reflexão sobre os negócios de açúcar e etanol.
A condução do seminário se dá como um fórum de discussões, onde se aproveita a rica experiência profissional dos participantes para informação e posicionamento estratégico.
Participe. Para mais informações, inscrições e programação completa acesse o site do evento: www.seminariojobeconomia.com.br.

 

Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e Planejamento

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