Oásis confeiteiro

Sweets and Snacks se firma como plataforma do setor de candies para o Oriente Médio e Ásia
Sweet and Snacks Middle East 300 expositores e público acima de 7 mil visitantes.

Com a disparada do dólar, empresas exportadoras reveem projetos de participação em feiras de negócios internacionais buscando compensar eventual queda nas vendas domésticas. Esse é o combustível da adesão de 12 indústrias do setor brasileiro de confeitos (confectionery) à Sweet and Snacks Middle East (SSME 2015), programada para o período de 27 a 29 de outubro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Promovida pela Feira de Colônia (Koelnmesse), organização alemã da cidade de Colônia, também responsável pela feira ISM, maior vitrine global de confectionery, a SSMD alcança a sua 7ª edição, com um pavilhão de exposições 30% maior que o das edições anteriores, informa Brena Bäumle, diretora da Bäumle Organização de Feiras, representante da Koelnmesse para o Brasil.
O interesse crescente de empresas globais pelo mercado regional, que inclui países-chave para distribuição na Ásia e África setentrional, consolidam cada vez mais a internacionalização da mostra. “São esperados 300 expositores de 40 países, incluindo pela primeira vez um pavilhão nacional da Espanha e outro do Reino Unido, sinalizando que a SSME já se tornou a principal plataforma de negócios de doces, biscoitos, chocolates e salgadinhos industrializados para toda a região que abrange 23 países”, frisa a diretora.
Segundo ela, a realização da feira em outubro, e de terça a quinta-feira, visa adequar o evento ao calendário de outras mostras internacionais de Dubai, o emirado mais populoso entre os sete que compõem os EAU, aproveitando sinergias geradas por feiras que ocorrem simultaneamente, a exemplo da Gulfoods Manufacturing, Speciality Food Festval e Seafex, complementa Brena. “O excelente nível dos expositores é um resultado do trabalho contínuo que vem sendo realizado pelos promotores para manter a feira atualizada com as tendências do setor, sendo o conceito baseado no modelo da ISM, há mais de 40 anos a maior e mais importante feira do segmento”, assinala a executiva. Para se ter uma ideia do domínio da ISM no circuito doceiro internacional, cerca de duas dezenas de empresas brasileiras participaram da edição deste ano, promovida em fevereiro.

Plataforma de negócios
A SSME foi criada em 2007 especialmente para suprir as necessidades e demandas do setor confeiteiro na região, através das zonas francas de Dubai, a exemplo da Jebel Ali Free Zone (Jafza) que, inclusive, oferece condições para as empresas de distribuição fracionarem ou finalizarem produtos, exportando-os a partir do porto local. Hoje em dia, relata Brena, a mostra apresenta uma grande variedade de produtos internacionais e do Oriente Médito, que inclui desde matérias-primas até produtos acabados. Da primeira edição até a atual, o número de expositores e visitantes mais que dobrou, contabiliza a representante. Nesta edição, completa ela, os países participantes saltaram de 25 para 40, incluso o Brasil que estreia na mostra. “A edição de 2015 contará com nada menos que 17 pavilhões nacionais, a exemplo do Egito, Bélgica, Brasil, Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, Polônia, Espanha e Turquia, países cuja produção de confeitos é reconhecida internacionalmente”, salienta Brena. No ano passado, lembra, a SSME recepcionou cerca de 7 mil visitantes de mais de 80 países mas, para este ano, espera-se um aumento no volume de público, principalmente da região do Golfo Pérsico, de países vizinhos e do Norte da África.
Inspirado no formato da última ISM, o espaço New Product Showcase irá fornecer ao público uma plataforma de informações e negócios, com as novidades de expositores selecionados pelo critério de inovação em produto e apresentação exibidas em primeira mão em área reservada especial, antecipa a diretora da Bäumle. Além disso, o instituto de pesquisa Innova Market Insights irá apresentar paineis com relatórios de mercado sobre a região para fomentar a realização de negócios entre empresas estrangeiras e dos Emirados Árabes.

Brena, da Bäumle espaço 30% maior em 2015.
Brena, da Bäumle espaço 30% maior em 2015.

Quanto à participação do Brasil, as empresas presentes no evento seguem sob a coordenação de associações setoriais que contam com parceria da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Na ala de biscoitos, o estande coletivo da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) promove a estreia das empresas Bauducco, Marilan, Grano e Hathor Group. Elas integram o projeto HappyGoods, criado em 2005, em decorrência da evolução de um posicionamento unificado das empresas brasileiras do setor no mercado internacional. “Inicialmente ele envolvia apenas o segmento de biscoitos, sob a marca Brazilian Biscuits, que enaltece as características atribuídas aos brasileiros em todo o mundo, como alegria e espontaneidade, bem como destaca as bases setoriais e a identidade nacional, sintetizadas no apelo Baked in Brasil”, relata Claudio Zanão, presidente da Abimapi. Com a assinatura HappyGoods Baked in Brasil no portfólio de biscoitos, massas, pães e bolos, o setor busca agora melhorar a percepção dos produtos brasileiros que representa no mercado global, aperfeiçoando o conceito já estabelecido pelas empresas engajadas no projeto no cenário internacional, ele complementa.
Também marca presença no evento a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) à frente das indústrias Dori, Docile, Montevergine, Peccin, Riclan, Toffano, Jazam e Simas, todas com larga experiência no comércio exterior. •

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