Expansões à vista

Fonseca dos R$ 750 milhões para São Paulo, R$ 500 milhões só para chocolate.
Fonseca dos R$ 750 milhões para São Paulo, R$ 500 milhões só para chocolate.
Fonseca dos R$ 750 milhões para São Paulo, R$ 500 milhões só para chocolate.

Dona de marcas icônicas do universo confeiteiro, como M&M’S, Twix e Snickers, a Mars reforça a inclusão do Brasil em sua estratégia global de investimentos e sinaliza a expansão das operações no Estado de São Paulo, seu principal polo produtivo. A companhia anunciou em outubro um investimento de R$ 750 milhões nas instalações paulistas, entre 2012 e 2018, sendo que o total no país deve alcançar R$ 1 bilhão até 2020. “Os aportes reforçam a confiança da empresa no Brasil e permitem colocar em prática a missão de fazer a diferença para as pessoas, criando benefícios mútuos para funcionários, fornecedores, clientes, consumidores e comunidades onde vivemos”, ressalta Vladmir Maganhoto, presidente local da Royal Canin, controlada da corporação americana. Além dos confeitos consagrados, a Mars produz as marcas de alimentos para cães e gatos Pedigree, Whiskas e Royal Canin.

Dentre os investimentos anunciados incluem-se novas unidades administrativas em São Paulo para as divisões de chocolate e pet food; a ampliação das fábricas de Mogi Mirim e Descalvado de alimentos para animais de estimação e a expansão da planta de chocolate de Guararema, além de uma nova unidade fabril em Ponta Grossa, no Paraná. O investimento na ampliação da capacidade produtiva e no portfólio está diretamente ligado ao potencial do mercado brasileiro, comenta Filipe Fonseca, presidente da Mars Chocolate e Alimentos. Assim, além da ampliação da fábrica em Guararema (SP), em torno de R$ 500 milhões do total de recursos serão aplicados na melhoria de processos produtivos e em lançamentos, antecipa ele. Com isso, nos próximos anos, a Mars vai passar a produzir localmente todo o chocolate que vende no país. Hoje uma parte dos itens ainda é importada, informa o dirigente, sem especificar marcas e volumes. “Posso dizer que uma parte importante é trazida de fora”, frisa.

O país, enfatiza Fonseca, representa uma grande oportunidade de crescimento nos dois principais segmentos de negócios da companhia. Em particular, na ala de chocolate, o Brasil é o terceiro maior mercado em todo o mundo, mas o consumo per capita de 2,8 quilos/ano ainda é considerado baixo. Os investimentos impactam diretamente no crescimento orgânico da empresa e a perspectiva é que os aportes possibilitem a geração de mais 450 novos empregos diretos e 900 indiretos.

“Apesar de todos os desafios econômicos, mantemos firme o propósito de expandir o negócio e solidificar as marcas. Desde 2012, conduzimos um plano de expansão, transformação e inovação em nossas unidades e, até 2020, nossos investimentos no país chegarão a quase um bilhão de reais”, confirma o dirigente de chocolate da Mars. Segundo ele, a crise econômica ainda não teve grande impacto na operação local da companhia. Ainda assim, ela tem se precavido, buscando eficiências, como a melhoria de processos e reduções no consumo de água e energia, principalmente para não repassar o aumento de custos internos ao consumidor. Embora não especifique o impacto dos aportes anunciados na sua capacidade e nem divulgue a meta de faturamento para este ano, Fonseca argumenta que o Brasil é hoje a maior aposta do grupo dentro da América Latina e a expectativa é crescer dois dígitos em todos os segmentos de atuação no país. •

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