Doçura de fora

A abertura da economia teve o condão de mostrar ao consumidor brasileiro linhas de chocolates e guloseimas sofisticadas de reconhecidas marcas globais cujo acesso só é possível pela via das importações. Grifes internacionais de chocolate premium como a francesa Jacquot, a belga Delafaille, a suíça Villars ou a inglesa After Eight hoje enfeitam as gôndolas do varejo nacional graças a operações como a da Gourmand Alimentos, na ativa há 25 anos. “Embora a flutuação do câmbio possa sugerir diminuição nos desembarques de confeitos importados, ao contrário, estamos reforçando o portfólio”, sinaliza Patrícia Bratt, diretora de marketing da importadora. Na entrevista a seguir, ela analisa o mercado de confectionery e abre os planos da Gourmand.

DR – Desde quando a Gourmand importa especificamente linhas de confeitos?
Patrícia –  A empresa trabalha com esse tipo de produto desde o início de suas atividades, em 1990. A primeira guloseima importada foi a linha de marshmallows Campfire, com a qual trabalhamos até hoje e que, na época, foi uma grande novidade no mercado.

DR – Considerando todas as categorias de confeitos, qual a participação desses produtos na operação geral da importadora?
Patrícia – O segmento de confeitos representa mais de 60% das operações da Gourmand Alimentos.

DR – Quais itens ou linhas são os campeões do giro?
Patrícia –  Trabalhamos hoje com cerca de 30 linhas de chocolates, balas e biscoitos, mas temos algumas delas que saem bem em qualquer época do ano, como marshmallows já citados, os biscoitos americanos Pepperidge Farm, as trufas de chocolate francesas da Jacquot e as balas sem açúcar da suíça Halter.

DR – Quais os critérios para a importação de uma determinada linha de candies?
Patrícia – O principal fator que levamos em conta é ser um produto único, sem concorrente direto. Ele tem que ser inovador e diferenciado para poder concorrer nesse mercado tão competitivo. Atualmente, estamos também buscando produtos com um custo menor devido à atual situação financeira do país.

DR – A maioria dos itens importados tem que posicionamento de público?  
Patrícia – Temos produtos que atingem a maioria das categorias, mas nosso foco principal são as classes A/B e público adulto.

DR – Como a flutuação da moeda tem impactado os contratos e como a Gourmand enfrenta ciclos cambiais?
Patrícia – O impacto tem sido bem grande e negativo. A flutuação da moeda faz, na maioria das vezes, com que o produto se torne mais caro e menos acessível. Temos grande dificuldade em fazer com que as redes aceitem esses reajustes. É por esse motivo que estamos em busca de produtos com custo mais baixo.

DR – Quantas novidades são lançadas por ano?
Patrícia – A Gourmand está sempre presente nas maiores feiras internacionais de produtos alimentícios e sempre em busca de novidades para trazer ao mercado brasileiro. Com isso, temos no mínimo cinco novas linhas introduzidas a cada ano em nosso portfólio.

DR – Quais os principais lançamentos de 2016 e o que destacaria para 2017?
Patrícia – Em 2016, introduzimos algumas linhas bem especiais como os biscoitos belgas Desobry, que são inovadores e diferentes de qualquer um encontrado hoje no mercado, além dos chocolates Alpella, de preços bem atrativos. Neste ano, também teremos algumas novidades como as balas Jelly Beans, os biscoitos de café Coffee Joy, os mini stroopwafels holandeses da Dutch Gold e os chips de arroz Namchow.

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