AGO/SET 2018 | Nº13DIGITALELE VIROU GOURMET VITRINE Linea instala segunda fábrica para dobrar faturamento PESQUISA Mondelez apura os hábitos de compra online dos brasileirosA PREFERÊNCIA POR LINHAS PREMIUM, FUNCIONAIS E DE CONSUMO INDULGENTE REAQUECE A DEMANDAChocolatewww.docerevista.com.br3Agosto/Setembro 2018 Doce Revista DigitalCarta do editorAcrescentando mais capítulos à novela em que se transformou a regularização da compra da Garoto pela Nestlé há 15 anos, o Cade (Conselho Administrativo de De-fesa Econômica) ainda avalia se impetra (ou não) um recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) determinando ao órgão antitruste a realização de um novo julgamento. Relembrando o enrosco: em 2004, dois anos após a compra, o Cade impôs veto à operação alegando que havia potencial lesivo à concorrência, com a concen-tração de mais de 58% do mercado de chocolates no país pela junção das duas companhias. A pro-pósito, reportagem de capa da presente edição abre um pa-norama atualizado do reduto choco-lateiro nacional. À época da compra da Garoto, inexistia le-gislação regulatória exigindo autorização prévia da autarquia para a conclusão de fusões e aquisições, fato que passou a valer de-pois de 2012 com a entrada em vigor da nova lei do Cade. Contrariada, a Nestlé ingressou na Justiça comum para reverter a decisão. Mas, em parale-lo, o conselho e a companhia tentaram encerrar a disputa no Judiciário com um acordo no âmbito administrativo, envolvendo a venda de um pacote de ativos. O primeiro prazo para a venda de marcas – como o bombom Serenata de Amor, campeão de vendas da Garoto; e os confeitos Chokito, Lollo e Sensação, da grife suíça, entre outras – foi outubro do ano passado. Mesmo ampliado para o fim de maio deste ano, o pacote não foi negociado. Em se-tembro passado, uma decisão do TRF da 1ª Região anulou a decisão do Cade que reprovava a compra e determinou uma nova análise do caso. Segundo a Nestlé, ainda cabe recurso à decisão do TRF em tribunal superior. De qualquer forma, frisa a em-presa, a decisão confirma irregularidades proces-suais ocorridas na tramitação pelo Cade do pedido de reapreciação anteriormente apresentado. No caso de um eventual rejulgamento, a Nestlé ob-serva que as condi-ções concorrenciais mudaram, com a en-trada de novas em-presas e o atual ce-nário econômico do país. A decisão, no entanto, não muda a intenção da compa-nhia de resolver em definitivo essa situ-ação. A evolução do mercado de chocola-tes ao longo dos úl-timos anos confirma sua alta competitivi-dade, dinamismo e, além disso, as premissas levantadas na decisão original do Cade não se confirmaram. Do lado do conselho antitruste, representantes esperavam no âmbito administrativo três possibilidades para resolver o imbróglio com a Nestlé. A primeira era realizar um leilão dos ativos que deveriam ser ven-didos. A segunda era fazer a venda a partir de um preço fixado pela autoridade antitruste. E a última era mudar o pacote de ativos. Ao que tudo indica, a novela da compra da Garoto pela Nestlé deverá ainda se arrastar pelo menos até o próximo ano. ■NOVELA ARRASTADADoce Revista Digital Agosto/Setembro 20184Doce Revista é uma publicação da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05) dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas, distribuidores, varejistas e supermercadistas.Redação, administração e publicidade: Rua Sergipe, 305 - casa 5 - São Paulo - SP - 01243-001Fone/Fax: (011) 3666-8301e-mail: definicao@definicao.com.brsite: www.docerevista.com.brSumário16 ESPECIAL CHOCOLATESetor de chocolate é impactado por raio gourmetizador e avança com linhas premium, funcionais e de consumo indulgente 06 FAST NEWS Confira em primeira mão o que rola no mercado de candies10 VITRINE / LINEA Fabricante de adoçantes de mesa e guloseimas zero açúcar investe R$ 25 milhões em sua segunda fábrica12 PESQUISA Mondelez Brasil divulga pesquisa inédita que capta a movimentação do consumidor brasileiro nos canais de compra online22 SUSTENTABILIDADE Mars põe em campo plano para inspecionar cadeia de suprimentos de cacau 24 CONSULTORES A análise de especialista do mercado de açúcar 26 TENDÊNCIAS Mintel passa pente-fino nos hábitos de consumo de doces e sobremesas dos brasileirosR E D A Ç Ã OANO 03 - Nº 13 - AGO/SET 2018DiretoresBEATRIZ DE MELLO HELMAN E HÉLIO HELMANEditor FÁBIO FUJIIeditor@docerevista.com.brDiretor de Arte SAMUEL FELIX producao@docerevista.com.brADMINISTRAÇÃO/COMERCIALDiretora BEATRIZ HELMANbeatriz.helman@definicao.com.brInternational SalesMULTIMEDIA, INC. (USA)Fone: +1-407-903-5000 - Fax: +1-407-363-9809U.S. Toll Free: 1-800-985-8588e-mail: info@multimediausa.comAssinatura KELI OYANEDITORADEFINIÇÃOFotografia SHUTTERSTOCKFoto da Capa SHUTTERSTOCKDesign da Capa SAMUEL FELIXREPRODUÇÃO PERMITIDA DESDE QUE CITADA A FONTEDIGITALwww.docerevista.com.br/docerevista/doce_revista/doce-revistaÚnica revista nacional totalmente voltada ao setor de candies e seus canais de distribuição31 anos de edições ininterruptasÚnica a atingir diretamente o trade doceiroÚnica a exibir newsletter digital semanal com novidades do setorÚnica a ter, além de seis edições impressas, cinco edições digitais anuais com notícias e temas diferenciadosÚnica a produzir caderno especial para os fornecedores (ingredientes e máquinas) da indústria de candiesÚnica a promover um ranking Melhores Marcas de Chocolates e CandiesÚnica a editar um Anuário com análises dos segmentos de máquinas, ingredientes, embalagens, produtos finais e distribuiçãoÚnica a premiar – através do PDR, já em sua oitava edição – a cadeia de atacadistas/distribuidores especializados em candies123456789Rua Sergipe, 305 - casa 5 - Higienópolis - CEP 01243-001 - São Paulo - SP - BrasilTelefax: (11) 3666-8301 | docerevista@docerevista.com.br | www.docerevista.com.br/docerevista/doce_revista/doce-revistaNESTAS PÁGINASNÃO HÁ DISPERSÃODoce Revista Digital Agosto/Setembro 20186www.docerevista.com.brFAST NEWS Crocância com axéMarilan instala segunda fábrica de biscoitos para crescer no NordesteSegunda maior fabricante nacional de biscoitos, atrás do grupo cearense M.Dias Branco, a paulista Marilan anuncia a instalação de um novo parque fabril. Com investimento em torno de R$ 157 milhões, a empresa adquiriu área de 250 mil metros quadrados no município de Igarassu, na região metropolitana do Recife (PE), onde pretende construir sua segunda unidade, a primeira fora de São Paulo, visando expandir as vendas no Norte e Nordeste, hoje responsáveis por mais de 30% do consumo nacional de biscoitos. “Essa representatividade foi fator determinante na decisão de instalarmos uma planta no local”, comenta Sérgio Tavares, presidente da Marilan, acrescentando que a iniciativa é também um importante marco na história da companhia e na trajetória de expansão de suas marcas em áreas ainda abertas a oportunidades. As obras devem começar até dezembro deste ano, com previsão de início de operação em 2020. A Marilan já conta com um centro de distribuição (CD) em Jaboatão dos Guararapes (PE).“O futuro que estamos traçando teve início com a recente ampliação da capacidade produtiva no parque industrial de Marília (SP) e a construção da nova sede corporativa, no ano passado”, assinala Tavares. Além dos investimentos e do avanço nas operações na matriz, a expansão para o Nordeste será fundamental para a consolidação e crescimento sustentável e contínuo da empresa nos próximos anos, completa o executivo. Embora figure na vice-liderança da produção nacional de biscoitos, a Marilan é a marca mais consumida em volume no país, sustenta Tavares. Há mais de 60 anos, a indústria opera uma linha composta por mais de 100 itens, que posicionam a empresa em multicategoria, atuando em biscoitos, torradas, chocolates e snacks. De seu parque localizado em Marília, no interior de São Paulo, são distribuídos os produtos consumidos em todo o Brasil e exportados para mais de 50 países. Atualmente, a Marilan possui 21 linhas de fabricação distribuídas em 53 mil metros de área construída. Com capacidade de aproximadamente 220 mil toneladas por ano, utiliza processos modernos e equipamentos automatizados. São cerca de 1, 2 milhão de pacotes ou 80 milhões de unidades de biscoitos fabricados por dia.TAVARES, DA MARILAN REPRESENTATIVIDADE REGIONAL NO CONSUMO NACIONAL FOI FATOR DETERMINANTE. www.docerevista.com.br7Agosto/Setembro 2018 Doce Revista DigitalChocolate rápidoNestlé lança loja online na Rappi para venda de toda sua linha de chocolatesOs portfólios das marcas Nestlé e Garoto estão disponíveis desde setembro no aplicativo Rappi, que vem agitando o modelo de compras rápidas por smartphones. Os pedidos dos chocolates de ambas as marcas, feitos por meio do aplicativo, serão entregues na Grande São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, todos os dias da semana, com a conveniência da entrega em minutos, garante Camila Yamamoto, especialista de marketing da Nestlé. “Com a operação online, os fãs dos nossos chocolates ganham acesso às novidades, além de praticidade e economia de tempo na compra, já que podem eliminar o deslocamento até o ponto de venda, as filas no estacionamento e no caixa, recebendo o produto onde quiserem: em casa, durante o expediente no trabalho ou solicitando a entrega direto, caso queiram presentear alguém”, detalha a executiva. Para pedir chocolate na loja virtual da Nestlé e Garoto na Rappi, orienta ela, basta baixar o aplicativo gratuitamente na Apple Store ou no Google Play, procurar a loja no menu Lojas Especializadas dentro de Supermercados, fazer o pedido com os produtos de preferência e esperar a entrega. Na entrevista a seguir, Camila explica como funciona o sistema de compra de chocolate pelo aplicativo. DR – Qual foi o investimento da Nestlé na operação e o incremento previsto na venda de chocolate?Camila – Por questões estratégicas, não podemos abrir os números sobre investimento ou sobre retorno de vendas, mas podemos afirmar que a nossa expectativa é bastante positiva. DR – Qual o pedido mínimo e máximo (número de unidades)?Camila – Não existe um limite de pedidos. Os produtos serão entregues de acordo com a disponibilidade e estoque de cada região. Vamos trabalhar para que o consumidor sempre encontre o que deseja. DR –O que precisou ser feito ou adaptado na infraestrutura da Rappi para o fornecimento de chocolate? Camila – Não tivemos nenhuma adaptação na infraestrutura de logística da Rappi, já que as entregas são feitas pelos motoboys a partir de um armazenamento ideal previamente instalado. DR – Na cidade de São Paulo, por exemplo, qual será o tempo médio para entrega de um pedido?Camila – Em São Paulo, o tempo máximo de entrega de um pedido não ultrapassará os 60 minutos. É possível acompanhar todos os pedidos em tempo real no aplicativo e ainda contar com o time de suporte da Rappi para possíveis dúvidas ou informações.DR – Além de chocolate, a Nestlé planeja incluir outras categorias de alimentos nesse formato de negócio?Camila – A companhia já conta com a Chocostore e a loja Ninho na Sua Porta. Em breve, lançaremos o botão de Receitas Nestlé, onde o consumidor receberá o combo de produtos da receita em até 30 minutos em casa.DR – Há previsão de incluir outras cidades? Quais e aproximadamente quando?Camila – Nesse primeiro momento, os chocolates das marcas Nestlé e Garoto, comprados por meio do aplicativo, serão entregues na Grande São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. Mas nada impede que essa iniciativa seja ampliada para outras cidades do país onde exista a rede de lojas Pão de Açúcar. Vamos avaliar as possíveis demandas e entender a necessidade de cada mercado. CAMILA, DA NESTLÉ ACESSO A TODO PORTFÓLIO COM ECONOMIA DE TEMPO.Doce Revista Digital Agosto/Setembro 20188www.docerevista.com.brFAST NEWS Pisando fundoPlano de aceleração na Mondelez inclui aquisições e ingresso em novas categorias Entre os múltiplos projetos em curso para acelerar o crescimento, a Mondelez International cogita ingressar em novas categorias de alimentos e adquirir empresas no Brasil e no mundo. O plano inclui o reforço de algumas marcas, com ampliação da linhas de guloseimas e atuação mais forte em vendas online. Para essa tacada, em particular, a companhia encomendou uma pesquisa inédita sobre os hábitos de compra online dos brasileiros (ver à pág 12).Fruto da cisão na Kraft Foods em 2012, a Mondelez incorporou as marcas de confeitos mais conhecidas internacionalmente, enquanto a Kraft ficou com o mercado norte-americano e, em 2015, se fundiu com a Heinz, originando a Kraft Heinz. Depois de seis anos de operação, a companhia considera que possui musculatura para tocar um plano para acelerar o seu ritmo de crescimento, observa Grazielle Parenti, diretora de assuntos corporativos e governamentais da Mondelez Brasil. “O país é hoje a quarta maior operação da companhia no mundo e a expectativa é que sejamos relevantes no seu avanço global”, frisa a executiva. No ano passado, reporta ela, o Brasil respondeu por 6,4% da receita global de US$ 25,9 bilhões da Mondelez.Conforme Grazielle, a companhia analisa oportunidades de aquisições no país e no exterior. O importante, frisa ela, é que a Mondelez está conferindo poder às subsidiárias para tomar as decisões envolvendo investimentos e expansão em cada mercado. Parte dessa ampliação se dará com a entrada em novas categorias e sacadas como a criação de biscoitos com chocolates da Lacta. Neste ano, a empresa introduziu uma linha de sorvetes com a marca Oreo, desenvolvido pela Froneri, uma joint venture da Nestlé e a britânica R&R. “A ideia é desenvolver produtos e entrar em novas categorias por meio de parcerias”, argumenta a executiva. A Mondelez, acrescenta ela, pretende reforçar principalmente as vendas de marcas locais no Brasil, como Lacta, Club Social e Tang. Esse reforço será feito com inovações no portfólio e ampliação de linhas existentes com mais formatos.Globalmente, a Mondelez fixou como metas um aumento na receita líquida orgânica (excluindo a variação cambial) de, no mínimo, 3% ao ano. A meta é ser líder global nas categorias de lanches (snacks) doces e salgados. Segundo dados da Euromonitor International, no mundo, a companhia lidera a área de biscoitos doces, com 15,5% de participação. Em salgadinhos é a terceira colocada, com 3,2%; e em chocolates e doces é a segunda, com 11,7%.GRAZIELLE, DA MONDELEZ SUBSIDIÁRIAS COM PODER DE DECIDIR A EXPANSÃO EM CADA MERCADO.www.docerevista.com.br9Agosto/Setembro 2018 Doce Revista DigitalGelita a sua conduta ética nas práticas empresariais.Oliveira explica que essa auditoria precisa ser renovada a cada três anos. “Obtivemos a primeira declaração de conformidade em 2015, graças a um trabalho iniciado em 2012”, frisa ele, inserindo entre os investimentos feitos para êxito na auditoria melhorias nas áreas de gestão ambiental e segurança do trabalho. A consicientização de funcionários também foi contemplada, especialmente com relação ao código de conduta e permanente compromisso para atendimento de todos os requisitos legais. “Além de fortalecer a relação com clientes, a conquista da Smeta dá aos funcionários a certeza de que trabalham em uma empresa que valoriza o cumprimento dos requisitos trabalhistas e se preocupa sistematicamente com as questões sociais, ambientais e de segurança e saúde dos seus colaboradores”, conclui Oliveira.Reconhecimento globalKellogg lidera a lista do setor alimentício no ranking das melhores empresas do mundoNúmero um global no segmento de cereais, a americana Kellogg abocanhou a 13.ª colocação no ranking das melhores empresas do mundo, elaborado pela revista Forbes. A companhia saltou 219 colocações em comparação ao ano de 2017 e assumiu a liderança do setor alimentício na lista, que conta com duas mil empresas. O ranking PIRICHINSKY, DA KELLOGG RECONHECIMENTO INDICA EVOLUÇÃO NO MODELO DE NEGÓCIO.Selo de garantiaGelita obtém resultado positivo em auditoria exigida por grandes clientes da área de alimentos Supridora de gelatina e colágeno para alimentos, a Gelita obteve pela segunda vez aprovação máxima na auditoria de comércio ético dos membros da Sedex, uma das principais organizações globais de fornecimento responsável em cadeias de suprimento. Guilheme Oliveira, gerente de qualidade da empresa, explica que a auditoria Smeta (Sedex Members Ethical Trade Audit) é uma exigência de grandes clientes, principalmente empresas multinacionais na área de alimentos. E para conquistá-la, enfatiza, é preciso demonstrar que toda a cadeia de suprimentos em que a empresa está inserida cumpre requisitos legais, ambientais e sociais. “O sucesso na Smeta é consequência do compromisso de cumprir os requisitos legais em relação à saúde, segurança e meio ambiente”, frisa o executivo, completando que, além disso, ela evidencia para os parceiros da OLIVEIRA, DA GELITA SMETA ASSEGURA O CUMPRIMENTO DE REQUISITOS LEGAIS. avalia tópicos como a confiabilidade, conduta social, desempenho do produto, serviço da empresa e a companhia como empregadora, ressalta Damian Pirichinsky, diretor de marketing Mercosul da Kellogg. Divulgada anualmente, a avaliação é resultado de pesquisa encomendada à consultoria Statista. Para a publicação, foram entrevistadas mais de 10 mil pessoas em 60 países. Wall Disney Company, Hilton e Ferrari foram as três primeiras colocadas.”Esse reconhecimento mostra o quanto o nosso modelo de negócio evoluiu de um ano para o outro. Além disso, é o resultado do trabalho de um time que acredita no negócio e busca construir uma empresa ainda melhor para o futuro”, grifa Pirichinsky. Com vendas de US$ 13 bilhões em 2017 e mais de 1.600 produtos, reporta ele, a Kellogg é líder mundial na produção de cereais e a segunda maior empresa de snacks, além de uma das líderes nos Estados Unidos em produtos congelados. No Brasil desde 1961, a companhia opera as marcas Kellogg’s, Keebler, Special K, Pringles, Sucrilhos, Pop-Tarts, Corn Flakes de Kellogg’s, All-Bran, Cheez-it, Corn Pops e Froot Loops. Next >