Contra a maré baixa

Veloso, da PVM posição fortalecida nos próximos dois anos.
Veloso, da PVM posição fortalecida nos próximos dois anos.
Veloso, da PVM posição fortalecida nos próximos dois anos.

Com estratégias mais eficientes de distribuição, foco em lançamentos e reajustes nos preços abaixo da inflação, a Perfetti Van Melle (PVM) vem conseguindo não apenas estancar a queda nas vendas, mas sustentar um improvável crescimento nos segmentos de balas e gomas de mascar. No acumulado de 12 meses até abril, o giro de gomas de mascar havia encolhido 4%, captam as planilhas da Nielsen. As vendas da PVM, no entanto, aumentaram 9,2%, no período. Enquanto na categoria de balas o setor encolheu 5% em volume, a empresa cravou incremento de 0,2%. “Em momentos de crise é mais difícil consolidar a marca, mas acredito que vai ser possível sair desse período, em 2017 ou 2018, com uma posição fortalecida”, assinala Henrique Veloso, presidente da companhia no Brasil. Para ele, já encontra-se em curso uma melhora nas condições do mercado brasileiro nesse segundo semestre, abrindo espaço para a Perfetti fechar o ano com crescimento de dois dígitos.

Como parte dos aprimoramentos logísticos, a companhia inaugurou em julho um centro de distribuição (CD) em Cabo de Santo Agostinho (PE), responsável por um impulso nas vendas no Nordeste e Norte do país. Antes, toda distribuição no Brasil partia do complexo da PVM em Vinhedo (SP).

Veloso anuncia a ampliação ainda este ano da oferta de balas e gomas em embalagens econômicas, como uma versão mais em conta de Mentos, com dez unidades, ofertada no varejo a R$ 1 cada embalagem. A companhia também avalia introduzir novidades em gomas de mascar e balas para “oxigenar” o mercado. A previsão é fechar 2016 com 10 lançamentos, mesmo número do ano passado. Veloso acrescenta que a companhia bancou mudanças na área industrial e trocou fornecedores para conter a elevação de custos, cerca de 20% maiores neste ano, considerando insumos como açúcar, energia, mão de obra e combustíveis. “Foram as melhorias na fábrica e na parte logística que permitiram controlar custos e repassar aos consumidores um reajuste de preços abaixo da inflação, enquanto concorrentes reajustaram preços em linha com os índices oficiais”, grifa Veloso.

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